Salmo 23 O senhor é o meu Pastor. E nada me faltará. Deitar me faz em verdes pastos. Guia-me as águas tranqüilas. Refrigera a minha alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte Não temeria mal algum Porque estás comigo
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
A árvore que dava dinheiro - Histórias de Pedro Malasarte - Histórias do folclore Brasileiro http://www.recantodasletras.com.br
A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO
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Histórias de Pedro Malasarte
Vendo-se
apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono
da pensão, Malasarte saiu bem cedo naquela manhã, para ganhar a vida.
Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na
mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por
algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma
légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando
ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a
cera que arranjara.
Não
demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha
tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um
solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas.
Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se, curioso,
perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou:
—
Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas
legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra terra e
tô pensando em levar a árvore, apesar de todo o trabalho que vai me
dar.
— Não me diga isto, sô!
— É o que eu lhe digo, patrão!
— Diacho! Se lhe vai dar tanto trabalho...
E
o boiadeiro propôs comprar a árvore encantada. Malasarte, depois de
muitas negaças, fechou negócio trocando a árvore pelos boizinhos; em
seguida, bateu pé na estrada, vendendo-os na vila por um bom preço.
O
boiadeiro mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a
árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daquele ano até
hoje, está esperando ela dar moedas de vinténs. ®Sérgio.
Sopa de Pedras - Histórias de Pedro Malazartes - Histórias que fazem parte do folclore brasileiro
SOPA DE
PEDRAS
Pedro
Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa
do pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que
morava num sítio pros lados do rio. Cada um contava um caso pior que o outro:
--
A velha é unha-de-fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa
dela – dizia um.
--
Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato.
Verdade! Quem me contou foi o Chico Carreteiro, que não mente – afirmava outro.
--
Eta velha pão-duro! – comentava um terceiro. – dali não sai nada. Ela não dá
nem bom-dia.
O
Pedro Malasarte ouvindo. Ouvindo e matutando.
Daí
a pouco entrou na conversa:
--Querem
apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade?
--
Tu ta é doido? – disseram todos. – Aquela velha avarenta não dá nem risada!
--
Pois aposto que pra mim ela vai dar –
insistiu Pedro. – Quanto vocês apostam?
A
turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasarte, muito
matreiro, já tinha bolado um plano na cabeça. Juntou umas roupas, umas panelas,
um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandou pra casa da velha. Era meio longe,
mas pra ganhar aposta o Malasarte não tinha preguiça.
O
Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da
velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha
reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia de água, e
acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.
A
velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando.
E
o Pedro começou a atiçar o fogo. [...]
Até
que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade. Saiu e veio negaceando,
olhar de perto. O Pedro pensou: “É hoje!”
Catou
umas pedras no chão, lavou bem e jogou dentro da panela. E ficou atiçando o
fogo pra ferver mais depressa.
A
velha não se conteve:
--
Oi, moço, ta cozinhando pedra?
--
Ora, pois sim senhora, dona! – respondeu o Pedro. – Vou fazer uma sopa.
--
Sopa de pedra? – perguntou a velha com uma careta. – essa não, seu moço! Onde
já se viu isso?
--
Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa.
--
Demora muito pra cozinhar? – perguntou a velha ainda duvidando.
--
Demora um bocado.
--
E dá pra comer?
--
Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa?
A
velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela
fervendo. A velha meio incrédula, meio acreditando.
--
É gostosa, essa sopa? – perguntou ela depois de um tempo.
--
É – respondeu o Malasarte. – Mas fica mais gostosa se a gente puser um
temperinho.
--
Por isso não – disse a velha. – Eu vou buscar.
Foi
e trouxe cebola, cheiro verde, sal com alho.
--
Tomate a senhora não tem? – perguntou o Pedro.
A
velha foi buscar e voltou com três, bem maduros. Pedro botou tudo dentro da
panela, junto com as pedras. E atiçou o fogo.
--
vai ficar bem gostosa – disse ele. – Mas se a gente tivesse um courinho de
porco...
--
Pois eu tenho lá em casa – disse a velha. E foi buscar.
Couro
na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou:
--
Não precisa pôr mais nada?
--
Até que ficava mais suculenta se a gente pudesse umas batatas, um pouco de
macarrão...
A
velha já estava com vontade de tomar a sopa e perguntou:
--
Quando ficar pronta, posso provar um pouco?
--
Claro, dona!
Aí
ela foi e trouxe o macarrão e as batatas. O Malasarte atiçou o fogo, pro
macarrão cozinhar depressa. Daí a pouco a velha já estava com água na boca!
--
Hum, a sopa ta cheirando gostosa! Será que as pedras já amoleceram? Em vez de
responder, o Pedro perguntou:
--
A senhora não tem uma linguicinha defumada? Ia ficar tão bom...
Lá
foi a velha de novo buscar a lingüiça.
Cozinha
que cozinha, a sopa ficou pronta. Malasarte então pediu dois pratos e talheres,
a velha trouxe.
O
Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e jogou no mato.
--
Ué, moço, não vai comer as pedras?
--
Tá doido! – respondeu o Malasarte – Eu lá tenho dente de ferro pra comer pedra?
E
tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o
dinheiro da aposta.
Assunto: Educação e cultura
Alfabetizar
é ir além de ler e escrever
21/08/2012 Texto por Denise Ferreira
É de pequena que a criança desenvolve a
curiosidade em saber ler e escrever, tornando a pergunta: "lê pra
mim?" famosa. E é com alegria que pais e professores acompanham os
primeiros passos à escrita - reconhecendo letras, palavras e formação de
frases. O processo de alfabetização da criança começa exatamente neste período
e tem sua continuidade com a chegada do ano escolar.
No entanto, é preciso ressaltar que alfabetizar vai muito além da decodificação de letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. É função do professor usar a metodologia da Língua Portuguesa no processo da alfabetização, orientando o aluno ao uso da escrita e leitura de modo interpretativo, para que seja possível à criança não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra.
A este processo dá-se o nome de letramento. Ler, compreender o conteúdo, interpretar e poder discutir o tema são características de um aluno letrado. "Ao assumir estas peculiaridades, educador e aluno entram num processo interdisciplinar, no qual a criança compreende que o que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas, ou seja, ela não vai simplesmente decorar uma passagem de História ou nomes de Geografia, mas sim, entender cada fato e interagir com o conteúdo", explica o educador pela Universidade de São Paulo (USP), José Luís Landeira.
No entanto, é preciso ressaltar que alfabetizar vai muito além da decodificação de letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. É função do professor usar a metodologia da Língua Portuguesa no processo da alfabetização, orientando o aluno ao uso da escrita e leitura de modo interpretativo, para que seja possível à criança não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra.
A este processo dá-se o nome de letramento. Ler, compreender o conteúdo, interpretar e poder discutir o tema são características de um aluno letrado. "Ao assumir estas peculiaridades, educador e aluno entram num processo interdisciplinar, no qual a criança compreende que o que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas, ou seja, ela não vai simplesmente decorar uma passagem de História ou nomes de Geografia, mas sim, entender cada fato e interagir com o conteúdo", explica o educador pela Universidade de São Paulo (USP), José Luís Landeira.
Ao escolher a escola, é fundamental que os pais se
atenham à preocupação de como é feita a alfabetização dos alunos. Segundo
Landeira, que há 8 anos trabalha com formação de professores, uma boa escola é
aquela que se atém na criação e preparação do conteúdo das aulas, valorizando o
discurso dos alunos, explorando a criatividade e auxiliando nas expressões oral
e escrita. "É preciso saber como a escola prepara o aluno para a
alfabetização. É importante conhecer como é feito o uso da biblioteca e como
são as aulas", completa o educador. Atividades devidamente
contextualizadas de escrita que levem o aluno a pensar sobre determinadas
situações com as quais convive no dia a dia e a refletir para se expressar é um
exemplo de aula planejada.
Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir as crianças dizendo que gostam mais de uma ou outra matéria, fazendo uso de uma atitude compartimentada. E geralmente, ela gosta daquela em que tira as melhores notas. Respeitando as individualidades de cada um, às vezes este "não gostar" de alguma disciplina está relacionado à não compreensão do conteúdo.
Landeira afirma que as escolas estão se empenhando neste processo de integração com professores que se preparam cada vez mais. "Professor que consome leitura e faz uso da escrita é professor que pensa, constrói raciocínio e sabe defendê-los", finaliza o educador. Por isso, é fundamental que papais e mamães incentivem a leitura de suas crianças e continuem respondendo afirmativamente à questão: "lê pra mim?".
Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir as crianças dizendo que gostam mais de uma ou outra matéria, fazendo uso de uma atitude compartimentada. E geralmente, ela gosta daquela em que tira as melhores notas. Respeitando as individualidades de cada um, às vezes este "não gostar" de alguma disciplina está relacionado à não compreensão do conteúdo.
Landeira afirma que as escolas estão se empenhando neste processo de integração com professores que se preparam cada vez mais. "Professor que consome leitura e faz uso da escrita é professor que pensa, constrói raciocínio e sabe defendê-los", finaliza o educador. Por isso, é fundamental que papais e mamães incentivem a leitura de suas crianças e continuem respondendo afirmativamente à questão: "lê pra mim?".
Exemplos de aulas criativas:
- Elaboração de jornal escolar, com matérias e pautas pensadas pelos alunos, sob a supervisão do professor.
- Aulas dinâmicas, que levem o aluno a pensar e discutir sobre temas atuais.
- Aulas na biblioteca, incentivando o aluno à leitura e fazendo da visita ao local um hábito.
- Jogos e projetos educativos interdisciplinares.
- Decoração das salas de aulas com trabalhos realizados pelos próprios alunos, valorizando a imaginação e o uso do que foi ensinado em sala.
Créditos àhttp://www.alobebe.com.br
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