quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Esse vídeo muito bom para trabalhar em sala de aula com a história: A Moça Tecelã

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Relevo Brasileiro

O telefone - Eva Furnari

A gangorra - Eva Furnari

O chapeú

A árvore que dava dinheiro - Histórias de Pedro Malasarte - Histórias do folclore Brasileiro http://www.recantodasletras.com.br

A ÁRVORE QUE DAVA DINHEIRO
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Histórias de Pedro Malasarte
Vendo-se apertado com a falta de dinheiro e não querendo ter arenga com o dono da pensão, Malasarte saiu bem cedo naquela manhã, para ganhar a vida. Arranjou com o vendedor de mel de jataí um bocado de cera; trocou na mercearia de Seu Joaquim a única nota de dinheiro que lhe sobrara, por algumas de moedas de vintém e caiu na estrada. Caminhou por obra de uma légua ou mais, quando avistou uma árvore na beira da estrada. Chegando ao pé da árvore, parou e pôs-se a pregar os vinténs à folhagem com a cera que arranjara. 
Não demorou muito, deu de aparecer na estrada um boiadeiro que vinha tocando uns boizinhos para vender na vila. E como já ia levantando um solão esparramado, a cera ia derretendo e fazendo cair às moedas. Malasarte, fazendo festas, as apanhava. O boiadeiro acercou-se, curioso, perguntou-lhe o que fazia, e Malasarte explicou:
— Esta árvore é deveras encantada, patrão. As suas frutas são moedas legítimas. Estou colhendo todas, porque vou me bandear pra outra terra e tô pensando em levar a árvore, apesar de todo o trabalho que vai me dar.
— Não me diga isto, sô!
— É o que eu lhe digo, patrão!
— Diacho! Se lhe vai dar tanto trabalho...
E o boiadeiro propôs comprar a árvore encantada. Malasarte, depois de muitas negaças, fechou negócio trocando a árvore pelos boizinhos; em seguida, bateu pé na estrada, vendendo-os na vila por um bom preço.
O boiadeiro mandou alguns de seus peões retirarem, com todo o cuidado, a árvore encantada e a replantou no pomar do seu sítio. Daquele ano até hoje, está esperando ela dar moedas de vinténs. ®Sérgio.

Sopa de Pedras - Histórias de Pedro Malazartes - Histórias que fazem parte do folclore brasileiro


SOPA DE PEDRAS


Pedro Malasarte era um cara danado de esperto. Um dia ele estava ouvindo a conversa do pessoal na porta da venda. Os matutos falavam de uma velha avarenta que morava num sítio pros lados do rio. Cada um contava um caso pior que o outro:
-- A velha é unha-de-fome. Não dá comida nem pros cachorros que guardam a casa dela – dizia um.
-- Quando chega alguém pro almoço, ela conta os grãos de feijão pra pôr no prato. Verdade! Quem me contou foi o Chico Carreteiro, que não mente – afirmava outro.
-- Eta velha pão-duro! – comentava um terceiro. – dali não sai nada. Ela não dá nem bom-dia.
O Pedro Malasarte ouvindo. Ouvindo e matutando.
Daí a pouco entrou na conversa:
--Querem apostar que pra mim ela vai dar uma porção de coisas, e de boa vontade?
-- Tu ta é doido? – disseram todos. – Aquela velha avarenta não dá nem risada!
-- Pois aposto que  pra mim ela vai dar – insistiu Pedro. – Quanto vocês apostam?
A turma apostou alto, na certeza de ganhar. Mas o Pedro Malasarte, muito matreiro, já tinha bolado um plano na cabeça. Juntou umas roupas, umas panelas, um fogãozinho, amarrou a trouxa e se mandou pra casa da velha. Era meio longe, mas pra ganhar aposta o Malasarte não tinha preguiça.
O Pedro foi chegando, foi arranchando, ali bem perto da porteira do sítio da velha. Esperou um tempo pra ser notado. Quando viu que a velha já tinha reparado nele, armou o fogãozinho, botou a panela em cima, cheia de água, e acendeu o fogo. E ficou o dia inteiro cozinhando água.
A velha, lá da casa, só espiando. E a panela fumegando.
E o Pedro começou a atiçar o fogo. [...]
Até que ela não conseguiu mais se segurar de curiosidade. Saiu e veio negaceando, olhar de perto. O Pedro pensou: “É hoje!”
Catou umas pedras no chão, lavou bem e jogou dentro da panela. E ficou atiçando o fogo pra ferver mais depressa.
A velha não se conteve:
-- Oi, moço, ta cozinhando pedra?
-- Ora, pois sim senhora, dona! – respondeu o Pedro. – Vou fazer uma sopa.
-- Sopa de pedra? – perguntou a velha com uma careta. – essa não, seu moço! Onde já se viu isso?
-- Pois garanto que dá uma sopa pra lá de boa.
-- Demora muito pra cozinhar? – perguntou a velha ainda duvidando.
-- Demora um bocado.
-- E dá pra comer?
-- Claro, dona! Então eu ia perder tempo à toa?
A velha olhava as pedras, olhava pro Pedro. E ele atiçando o fogo, e a panela fervendo. A velha meio incrédula, meio acreditando.
-- É gostosa, essa sopa? – perguntou ela depois de um tempo.
-- É – respondeu o Malasarte. – Mas fica mais gostosa se a gente puser um temperinho.
-- Por isso não – disse a velha. – Eu vou buscar.
Foi e trouxe cebola, cheiro verde, sal com alho.
-- Tomate a senhora não tem? – perguntou o Pedro.
A velha foi buscar e voltou com três, bem maduros. Pedro botou tudo dentro da panela, junto com as pedras. E atiçou o fogo.
-- vai ficar bem gostosa – disse ele. – Mas se a gente tivesse um courinho de porco...
-- Pois eu tenho lá em casa – disse a velha. E foi buscar.
Couro na panela, lenha no fogo, a velha sentada espiando. Daí a pouco ela perguntou:
-- Não precisa pôr mais nada?
-- Até que ficava mais suculenta se a gente pudesse umas batatas, um pouco de macarrão...
A velha já estava com vontade de tomar a sopa e perguntou:
-- Quando ficar pronta, posso provar um pouco?
-- Claro, dona!
Aí ela foi e trouxe o macarrão e as batatas. O Malasarte atiçou o fogo, pro macarrão cozinhar depressa. Daí a pouco a velha já estava com água na boca!
-- Hum, a sopa ta cheirando gostosa! Será que as pedras já amoleceram? Em vez de responder, o Pedro perguntou:
-- A senhora não tem uma linguicinha defumada? Ia ficar tão bom...
Lá foi a velha de novo buscar a lingüiça.
Cozinha que cozinha, a sopa ficou pronta. Malasarte então pediu dois pratos e talheres, a velha trouxe.
O Pedro encheu os pratos, deu um pra ela. Separou as pedras e jogou no mato.
-- Ué, moço, não vai comer as pedras?
-- Tá doido! – respondeu o Malasarte – Eu lá tenho dente de ferro pra comer pedra?
E tratou de se mandar o mais depressa que pôde. Foi correndo pra venda, cobrar o dinheiro da aposta.


Quebra - cabeça lobo mau


Iara e o Boto

Atividade substantivos - FOLCLORE

Ninguém educa ninguém
Ninguém se educa sozinho
Os homens se educam em comunhão. 
 

 Paulo Freire 

ALFABETO CURSIVO


Assunto: Educação e cultura
Alfabetizar é ir além de ler e escrever
21/08/2012  Texto por Denise Ferreira
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É de pequena que a criança desenvolve a curiosidade em saber ler e escrever, tornando a pergunta: "lê pra mim?" famosa. E é com alegria que pais e professores acompanham os primeiros passos à escrita - reconhecendo letras, palavras e formação de frases. O processo de alfabetização da criança começa exatamente neste período e tem sua continuidade com a chegada do ano escolar.

No entanto, é preciso ressaltar que alfabetizar vai muito além da decodificação de letras, ou seja, do usual aprender a ler e escrever. É função do professor usar a metodologia da Língua Portuguesa no processo da alfabetização, orientando o aluno ao uso da escrita e leitura de modo interpretativo, para que seja possível à criança não só ler e escrever, mas compreender o que foi lido e saber fazer uso da palavra.

A este processo dá-se o nome de letramento. Ler, compreender o conteúdo, interpretar e poder discutir o tema são características de um aluno letrado. "Ao assumir estas peculiaridades, educador e aluno entram num processo interdisciplinar, no qual a criança compreende que o que aprende nas aulas de Língua Portuguesa pode e deve ser usado em outras disciplinas, ou seja, ela não vai simplesmente decorar uma passagem de História ou nomes de Geografia, mas sim, entender cada fato e interagir com o conteúdo", explica o educador pela Universidade de São Paulo (USP), José Luís Landeira.
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Ao escolher a escola, é fundamental que os pais se atenham à preocupação de como é feita a alfabetização dos alunos. Segundo Landeira, que há 8 anos trabalha com formação de professores, uma boa escola é aquela que se atém na criação e preparação do conteúdo das aulas, valorizando o discurso dos alunos, explorando a criatividade e auxiliando nas expressões oral e escrita. "É preciso saber como a escola prepara o aluno para a alfabetização. É importante conhecer como é feito o uso da biblioteca e como são as aulas", completa o educador. Atividades devidamente contextualizadas de escrita que levem o aluno a pensar sobre determinadas situações com as quais convive no dia a dia e a refletir para se expressar é um exemplo de aula planejada.

Exatamente por causa da falta de integração das disciplinas, é comum ouvir as crianças dizendo que gostam mais de uma ou outra matéria, fazendo uso de uma atitude compartimentada. E geralmente, ela gosta daquela em que tira as melhores notas. Respeitando as individualidades de cada um, às vezes este "não gostar" de alguma disciplina está relacionado à não compreensão do conteúdo.

Landeira afirma que as escolas estão se empenhando neste processo de integração com professores que se preparam cada vez mais. "Professor que consome leitura e faz uso da escrita é professor que pensa, constrói raciocínio e sabe defendê-los", finaliza o educador. Por isso, é fundamental que papais e mamães incentivem a leitura de suas crianças e continuem respondendo afirmativamente à questão: "lê pra mim?".
Exemplos de aulas criativas:
  • Elaboração de jornal escolar, com matérias e pautas pensadas pelos alunos, sob a supervisão do professor.
  • Aulas dinâmicas, que levem o aluno a pensar e discutir sobre temas atuais.
  • Aulas na biblioteca, incentivando o aluno à leitura e fazendo da visita ao local um hábito.
  • Jogos e projetos educativos interdisciplinares.
  • Decoração das salas de aulas com trabalhos realizados pelos próprios alunos, valorizando a imaginação e o uso do que foi ensinado em sala.
 Créditos àhttp://www.alobebe.com.br